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Obras de Amigos

DAS VEZES… – Sérgio Vieira de Melo.

DAS VEZES… – Sérgio Vieira de Melo.
 
Das vezes que sonhei o quanto seria bom ser rico, entendi acordado que já possuía muito mais do que precisava.
Das vezes que imaginei que na minha caminhada havia passos perdidos, compreendi que todos sempre foram guiados e me levaram ao melhor lugar que poderia chegar.
Das vezes que conjecturei como poderia ter melhor destino, constatei na prática a importância do livre arbítrio.
Das vezes que murmurei baixinho como seria bom viver as coisas planejadas, ouvi bem alto que houve muito mais na vida realizada.
Das vezes que senti que me faltava algo, meus olhos me mostraram as necessidades alheias infinitamente maiores.
Das vezes que tentei julgar comportamentos, senti claramente que não fui (sou) o melhor dos exemplos.
Das vezes que me julguei o melhor, coerentemente reconheci o quanto preciso aprender sobre humildade.
Das vezes que comparei o amor recebido por pai e mãe, reconheci que ambos são necessários e se completam.
Das vezes que analisei o quanto fiz pelo próximo, avaliei que preciso fazer muito mais e que a verdadeira moeda de salvação é a caridade.
Das vezes em que orei fervorosamente por milagres, o Criador me ensinou, por exemplos, que só recebemos conforme nosso merecimento.
Das vezes que ousei em maldizer o que recebia, não o fiz e resignado aceitei a porção que me cabia das bênçãos celestes.
Das vezes que reconheci ídolos em pessoas normais, aproximando mais, seus pés estavam sujos de barro.
Das vezes todas que pensei sobre às vezes, afoguei tudo num copo de esquecimento.
 
Bom Jardim/PE. DEZ 12, 2012.

 

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